Cirurgia bariátrica, qual o momento certo de realizar esse procedimento?

A obesidade é uma doença que vem crescendo no Brasil com muita força nos últimos anos, prova disso é que mais da metade da população brasileira está acima do peso. É isso que revela a mais recente Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito por Telefone (Vigitel), encomendada pelo Ministério da Saúde.  Por isso, o número de pessoas que vêm buscando soluções efetivas para resolver esse problema, também vem aumentando na mesma proporção. Dentro desse contexto, as cirurgias bariátricas representam uma solução segura e bastante efetiva. 

É verdade que há diversas outras opções quando o assunto é busca pela perda de peso, mas, a cirurgia bariátrica, conhecida popularmente como redução do estômago, traz resultados rápidos e efetivos que podem  chegar à redução de até 40% do peso inicial. 

Contudo, para ter a indicação para a cirurgia bariátrica é preciso preencher uma série de critérios internacionais. Um dos principais é o IMC (Índice de Massa Corpórea), que é a divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Pode fazer a cirurgia o paciente com IMC acima de 40 kg/m2 ou com IMC entre 35 kg/m2 e 40 kg/m2, desde que tenha as chamadas comorbidades, que são doenças causadas pela obesidade, como diabetes tipo 2, esteatose hepática (gordura no fígado), hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono, entre outras. 

Mas, há ainda outras indicações, conforme explica o médico gastroenterologista e cirurgião geral, Dr. Admar Concon Filho. “Também é possível realizar a cirurgia em pacientes com IMC entre 30 kg/m2 e 35 kg/m2, que apresentam comorbidades classificadas como graves, atestadas por um médico especialista na área da respectiva doença. Outro critério para a realização da cirurgia bariátrica é que o paciente precisa comprovar que tentou por pelo menos dois anos, emagrecer com tratamento clínico, sem uma resposta satisfatória”, afirma Dr. Concon. 

Endossutura gástrica, técnica de redução do estômago por meio da endoscopia

Por meio da endossutura gástrica, que é a técnica de redução do estômago por endoscopia, não é feito qualquer corte na parede abdominal e, por isso, a recuperação é mais rápida. Essa é uma vantagem bastante importante em relação à cirurgia tradicional. 

No entanto, os procedimentos possuem indicações bastante diferentes, é o que afirma o Dr. Concon. “Com a cirurgia bariátrica, o paciente pode perder entre 30% e 40% do seu peso inicial. Com a endossutura gástrica, a perda fica entre 15% e 20% do peso inicial. Por isso, ela costuma ser mais indicada para pacientes com IMC entre 30 kg/m2 e 35 kg/m2 ou com IMC entre 35 kg/m2 e 40 kg/m2, que não possuam comorbidades”, exemplifica.  

“Com a cirurgia bariátrica, o paciente pode perder entre 30% e 40% do seu peso inicial. Com a endossutura gástrica, a perda fica entre 15% e 20% do peso inicial”

Dr. Admar Concon Filho, médico gastroenterologista e cirurgião geral do Hospital Galileo

Cirurgias para perda de peso no Hospital Galileo. O número de procedimentos cirúrgicos voltados para a perda de peso, como a cirurgia bariátrica, varia de 10 a 20 por semana, somente no Hospital Galileo. Com equipe experiente e especializada, o hospital está 100% preparado para receber pacientes de todo o Brasil, interessados nesse tipo de cirurgia.    

Casos em que a cirurgia bariátrica não pode ser realizadaA primeira contraindicação à cirurgia bariátrica refere-se a casos de pacientes com transtornos psiquiátricos não controlados. Também não pode ser realizada quando há alguma doença genética impeditiva, em indivíduos sem o suporte necessário da família ou naqueles com limitação intelectual significativa. Além disso, quando um membro da equipe multidisciplinar considera que o paciente, por algum motivo, não está apto para o procedimento naquele momento, o paciente é alertado a respeito do ponto que precisa trabalhar, para que a cirurgia seja devidamente realizada. Nos casos em que a realização da cirurgia não for indicada, o paciente pode buscar por outras opções. “O tratamento clínico, com acompanhamento de uma equipe interdisciplinar é uma opção. Afinal, obesidade é uma doença e precisa ser tratada. Se a restrição for por causa do IMC, além do tratamento clínico e da endossutura gástrica, nós também temos a opção do balão intragástrico, outro tratamento da obesidade, feito por endoscopia. As indicações são as mesmas da endossutura gástrica e a perda de peso é semelhante. A diferença é que o balão pode ficar no estômago do paciente por cerca de seis meses. E a endossutura é por toda a vida”, finaliza Dr. Concon.